terça-feira, 18 de maio de 2010

GLOBALIZADO E “SÓ”

O barulho da cidade é tão intenso,

que o meu silêncio é o apito do guarda noturno

o latido do cachorro ao longe,

que visita meu quarto no escuro.



O movimento da cidade é tão intenso,

que quando paro já não penso, meu reflexo é obscuro.

A demanda me faz achar o que eu não procuro;

A loucura faz eu me desgastar com o que não me preocupo.



Feito maluco sem coração aqui sou só um numero,

um voto...

um cidadão que já nem tem nação- Globalizado!

Alienado, interligado e “só”.

Preso num nó sem saída, vivendo uma existência sem vida...

Desanimado, desavisado de minha rotina...

Previsível em cada gesto,

somatisando meus protestos em mil goles de mentira...



Felipe Augusto.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Uma vez mais, ...

Já é noite, já não chove
Olho ao meu lado e você ainda esta aqui,
por quanto tempo?
Não sei...
Sei só que de tudo que já senti , foste o momento mais terno,
o instante mais eterno que jamais vivi.
Penso se tudo que passamos não passou de um sonho.
Sofro, porque não há sonho que não acabe, e sinto mais perto o fim.
Quisera eu só mais uma tarde,
Caminharíamos sem rumo em volta de qualquer canto abandonado,
Falaríamos de tudo, esqueceríamos a correria da vida, a cidade,
forjaríamos sonhos com tons de outras realidades...
Quem dera se fosse verdade
mas onde estamos não é tão distante assim...
Por isso beija-me flor, entrega teus lábios aos meus só mais uma vez,
esta noite vou fazer de cada toque um motivo a mais de querer mais,
de doer saudade na lembrança.
Envolva-me , encosta teu corpo no meu,
Não pense, não exite, não tema o gostar,
Antes de partir é preciso lembrar
A eternidade é bem mais que só infinitos momentos,
È querer voar, calar o pensamento,
É se entregar, sem medo de se perder no gosto de um novo beijo...

Sim, fomos eternos. Mas passamos como tudo que é simples e passa.
Incrível agora é sentir, que o relembrar põe saudade onde antes alegria,
Agora trago no beijo um desejo e no peito uma saudade que é chama,
e que chama teu nome...

Felipe Augusto.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ser inconstante e sempre

Ser inconstante e sempre,
Poeta não por opção, mas que escolher, fui antes eu o escolhido,
pra fazer de tudo que sou algo mais bonito.
Das dores, dos amores e até das guerras que não embati escrevi , como fosse algo que vivi.
Para que fossem como eu queira que fosse, os pintei com minhas próprias cores,
criei e vivi e amei meus próprios amores.
Assim fiz, e faço,
e por não saber quantos mais farei este é meu primeiro e último,
é meu nascimento e meu luto,
é meu tudo e meu nada..
Poemas são momentos de eternidade , vividos em qualquer momento de qualquer tarde,
falam de coisas quaisquer importantes ou não ( não importa),
por serem assim como um momento, eles não tem volta, e por isso só são eternos...
Amo o incerto como o por do sol, que é sempre único e nunca falta.
O Certo é que nunca se vive o futuro ou se agarre um sonho que se extingue por completo.
O incrível é do tempo presente e habita cada vão momento existindo na possibilidade do imprevisível.
Para Ser inconstante e sempre só é preciso ser e pronto,
Sem erros nem opções, sem opniões nem esperanças ,
as suposições que antecedem a escolha limitam a vida.
Pra enxergar alem do que se pode ver basta fechar os olhos,respirar profundo.
O nada é constante por que é completo .
Por isso vou , inconstante e sempre pra que quando morrer não seja meu fim.